Resígnio

Tempestade de câmbios
Temporal de surpresas
Deixo que tudo suceda
Permito o vento seguir
E levar o que tiver que ir

Andando em caminhos
De asfalto quente
Não troco a grama no pé
Pela areia do mar
Mas vou e deixo que vá

Que venham as ondas violentas
Levem-me ao mar azul profundo
Já não inflijo resistência
Deixo-me a tua penitência
Aceito sem esbravejar

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