O amor é frágil

"Para minha querida Mônica, a cerca da conversa que tivemos hoje. Sobre a doença que nos alimeta, acretitando que todas as histórias com nossos Eduardos terão os mesmos finais felizes..."


Em que instante exato o amor se torna mágoa? Quais as causas, quando realmente deixou de ser amor? Dedicamos nossos tesouros mais frágeis e caros a momentos que, naqueles minutos, seriam os mais preciosos de nossas vidas, mas de repente, eis que nasce a mágoa e é ela agora que nos uni e nos alimenta.

Estamos juntos porque queremos maltratar, ferir, adoecer o outro, ou seja, já queremos o pior e não o melhor. Eu quero causar ciúme, insegurança, desconfiança, eu quero fragilizar, enfraquecer. Quero o amor doente que está dentro de mim, quero alimentar o outro disso, deste veneno que consome e torna dependente, o veneno que causa ânsia, mas vicia.

Mas qual foi o exato momento em que adoeci?