Há um tempo um amigo me disse o seguinte: “Ás vezes estar perto não é estar ao lado, mas estar do lado de dentro” (L.W). Isso norteou a grande maioria das minhas amizades, já que meus tesouros estão espalhados mundo a fora literalmente.
O amor de amizade sempre teve uma grande influência naquilo que fui e sou, ele me faz mudar, me transformar no que nasci pra ser. Meus melhores momentos eu passei ao lado de amigos, as conversar mais profundas foi com eles que travei. A eles sempre dei o melhor e o pior de mim e é através destes olhares que me descubro sempre.
Outra amiga, que está do outro lado do oceano, me disse uma vez que só se chama de amigo a quem já compartilhamos uma saca de sal. Esta frase tem muitos sentidos, mas o mais denso está no tempo que se leva para chegar a comer esta quantidade de sal, e isso me fez entender que não se chama de amigo a pessoas que conhecemos há alguns meses, ou que, embora conheçamos há certo tempo, não convivamos o suficiente para partilharmos a mesma mesa, farta ou pobre.
A amizade cresce na convivência, no conhecimento e na aceitação das diferenças, cresce nas dificuldades e nas alegrias partilhadas. Não existe amizade que nasceu de um dia para o outro, embora a afinidade possa surgir a qualquer momento. Por este motivo, o tempo dedicado é fundamental para que tal amor crie raiz e se aprofunde.
Hoje, redescobrindo e recriando quem eu sou, não posso fazê-lo sem o espelho dos olhos de meus amigos. Alguns tão longe, outros por perto, alguns nascendo agora, nas surpresas de cada dia, como projetos de grandes amizades.
A todos vocês que chamo de amigos, e aqueles que projeto esta possibilidade, meu obrigada!
Eu amo vocês na medida em que eu posso amá-los hoje...
Meus momentos, meus tesouros
Cores, sabores, toquei novamente
Coisas que o tempo não leva
Raízes profundas dentro da gente
Minha doce terra mãe
É coração de meu amigo
Toquei a tua afinidade e sei
Estarei sempre contigo