viver



Nascemos e vivemos a caminho da morte..
Se viver fosse apenas isso, então como explicar a construção que começamos desde de o primeiro respiro de ar dos nossos pulmões: criamos laços, buscamos conhecimento, amamos, sofremos por amor e desamor, choramos, sorrimos. Tudo junto e cada coisa por sua vez é uma construção, na qual trabalhamos até mesmo quando dormimos, sozinhos ou ao lado de alguém, num labor ininterrupto. Mas para morrer? Acredito que , ao contrário, para a vida.
Viver é o presente que recebemos todos os dias, o salário de todo nosso trabalho, onde depositamos cada partícula de tempo em busca de deixar sinais de um ser real que neste mundo existiu.
E quando, em fim a morte chega, ainda vivemos. Pois nossa existência revela-se através das pistas que deixamos, como pegadas que marcam o caminho por onde passamos; elas podem ser pequenos sinais, como uma foto, um documento, uma lembrança que pode sumir com o tempo; ou profundas e marcantes como a vida de um amigo, que ao conviver com você transformou-se e fala de você, do seu jeito, gostos, opiniões. Mas podemos também viver pra sempre, perenizar nossa existência no amor, que mais do a amizade, pode nos dar a eternidade da descendência. Neste estaremos sempre vivos e a morte, para qual nunca nascemos, terá perdido a guerra.

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