"O mar quando quebra na praia, é bonito, é bonito..." (Dorival Caymmi)
Deixei a onda levar...
Sai para ver o mar azul esverdeado, estava agitado
perguntou meus segredos no canto das ondas
Pintei-lhe detalhes como quem pinta um quadro
Chorei lamentos salgados, tornei-me areia da beira-mar
perguntou meus segredos no canto das ondas
Pintei-lhe detalhes como quem pinta um quadro
Chorei lamentos salgados, tornei-me areia da beira-mar
Leveza
Como uma pluma
Solta no vento eu vou
Leve
Livre
Louca
Como quem acabou de nascer
Sem pretensões de ser
Ou de não ser
Deixo que vá
Deixo que passe
Deixo o tempo passar
E tudo de ruim passará
Tiro
As amarras
me atiro na estrada
corro
Quem me condenará?
Quem apontará meus erros?
Não há tetos de vidros ao céu aberto
Não há casa de areia em rochas
Não há duvidas em verdades inteiras
Solta no vento eu vou
Leve
Livre
Louca
Como quem acabou de nascer
Sem pretensões de ser
Ou de não ser
Deixo que vá
Deixo que passe
Deixo o tempo passar
E tudo de ruim passará
Tiro
As amarras
me atiro na estrada
corro
Quem me condenará?
Quem apontará meus erros?
Não há tetos de vidros ao céu aberto
Não há casa de areia em rochas
Não há duvidas em verdades inteiras
Timidez
Percebi que me olhavas maroto
O que delatou teus anseios
E revelou devaneios
que a timidez preservou
Catei no celeiro as agulhas
Em palhas, como pistas secretas
Das tuas vontades lascivas
De provar da minha boca as fagulha
Colhi tuas frases descabidas
De quem puxa um papo furado
E mete-se em conversa comprida
Só para ouvir minha voz
O que delatou teus anseios
E revelou devaneios
que a timidez preservou
Catei no celeiro as agulhas
Em palhas, como pistas secretas
Das tuas vontades lascivas
De provar da minha boca as fagulha
Colhi tuas frases descabidas
De quem puxa um papo furado
E mete-se em conversa comprida
Só para ouvir minha voz
Notei o suor escorrendo
E estremecimento da tez
Quando num sem querer fingido
Toquei minha boca em você
Andanças
Da saudade e da alegria
Dos amigos que deixei
Carregadas de momentos
nos caminhos que passei
Dentro da mochila
Empoeirada da viagem
Fotos, cartas, memórias
São bilhetes de passagem
As lembranças ventiladas
De mar, de sol, de risos
Cantão contos nordestinos
Em pés descalços peregrinos
Vou embora para Pasargada
Volto forte, firme e feliz.
Dos amigos que deixei
Carregadas de momentos
nos caminhos que passei
Dentro da mochila
Empoeirada da viagem
Fotos, cartas, memórias
São bilhetes de passagem
As lembranças ventiladas
De mar, de sol, de risos
Cantão contos nordestinos
Em pés descalços peregrinos
Vou embora para Pasargada
Volto forte, firme e feliz.
Autenticidade
"Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre”.
(Clarice Lispector)
Passarinhar
Passarinhar
A arte de atrair quem tem asas
De...
Ficar a espreita
Olhando de longe
Aproximação afasta
Assusta
E ele voa
Passarinheiro sabe esperar
Por horas
E horas
Quieto...
A arte de atrair quem tem asas
De...
Ficar a espreita
Olhando de longe
Aproximação afasta
Assusta
E ele voa
Passarinheiro sabe esperar
Por horas
E horas
Quieto...
Não sei (Cartola)
Eu não sei se corri
Ou se andei em passos lentos
Nem senti os ventos
Se foram bons ou maus
Não sei dizer
Tinha vontade de novo
Os mesmos caminhos percorrer
Partindo do ponto inicial
De onde a primeira vez parti
Talvez sentiria agora
Coisas de natureza
Que outrora não senti.
Ou se andei em passos lentos
Nem senti os ventos
Se foram bons ou maus
Não sei dizer
Tinha vontade de novo
Os mesmos caminhos percorrer
Partindo do ponto inicial
De onde a primeira vez parti
Talvez sentiria agora
Coisas de natureza
Que outrora não senti.
Meu segredo
Deita
teu rosto em meu peito
E me conta teus segredos
Eu te guardo em versos comigo
Canção minha
Que sussurro em silêncio
Quero gritar tua melodia
Fazendo da nossa prosa
Poesia...
Bela Dona
(Flor Beladona-Alucinógena)
Tenho a bile retorcendo
Da acidez sarcástica
Da acidez sarcástica
Dentro do olhar de menina
Tenho fúria
Tenho asco
Em pele de filhote de cordeiro
Tenho meu inferno fervilhando
Com pontiagudas intenções
Tenho sede do teu sangue
Em um jantar romântico
Recheado de aromas femininos
Um dia...
Sim, um dia...
Meu veneno irá te consumir...
Tenho fúria
Tenho asco
Em pele de filhote de cordeiro
Tenho meu inferno fervilhando
Com pontiagudas intenções
Tenho sede do teu sangue
Em um jantar romântico
Recheado de aromas femininos
Um dia...
Sim, um dia...
Meu veneno irá te consumir...
Assinar:
Postagens (Atom)